Arquivo mensal: setembro 2013

Dilma põe ‘tecnologia’ do Bolsa Família à disposição do Paraguai

Ao lado de Horacio Cartes, presidenta saudou volta do país ao Mercosul e falou em integração regional da Patagônia ao Caribe

 

Dilma e Cartes

Chefes de Estado de Brasil e Paraguai destacaram vontade de ambos os países de construir amplas parcerias

 

São Paulo – O aprofundamento das relações bilaterais, com o desenvolvimento de políticas públicas em parceria, foi o tema principal da entrevista coletiva concedida hoje (30) pela presidenta Dilma Rousseff e o colega paraguaio Horacio Cartes, em Brasília. No discurso antes do almoço no Palácio do Planalto, a presidenta ressaltou a disposição de Cartes em superar a miséria em seu país.

“Estou feliz com seu compromisso de combate à pobreza como fator de integração entre os dois países”, afirmou Dilma. Segundo ela, “o Brasil vai procurar colocar de forma sistemática a tecnologia dos programas Bolsa Família e Brasil sem Miséria” à disposição do país vizinho. Na visão da presidenta existe convergência de compromisso entre os governos dos dois países no combate às desigualdades sociais.

Dilma ressaltou a disposição de o Brasil intensificar as relações com o Paraguai em várias áreas – social, econômica, energética e cultural. Ela citou a construção da linha de transmissão entre a usina de Itaipu e a subestação de Villa Hayes, na Grande Assunção, como simbólica da parceria entre os dois países.

A ponte na fronteira, que vai ligar Foz do Iguaçu à cidade de Presidente Franco, do lado paraguaio, é outra obra citada pelos dois presidentes. As obras devem começar em novembro e serão financiadas pelo Brasil. O presidente Horacio Cartes demonstra otimismo. “Já estou pensando na quarta e na quinta ponte”, declarou. Dilma disse que a nova ponte vai ajudar as exportações do país vizinho.

Além de negócios e parcerias, os dois discutiram a volta do Paraguai ao Mercosul, do qual foi suspenso após a deposição do presidente Fernando Lugo, em junho de 2012.

“Consideramos que a participação tem um significado muito importante nesse momento, e consideramos também que seremos capazes, no Mercosul, de integrar da Patagônia ao Caribe, de tornar a região um tecido multilateral muito mais forte”, preconizou Dilma. “Seremos capazes de estar à altura do desafio que é construir, implementar a integração e a cooperação entre nossos países.”

Cartes mencionou os brasiguaios como exemplo da importância das relações entre os dois povos e disse que muito da agricultura de seu país é devida ao trabalho dessas pessoas.

Esta foi a terceira reunião realizada entre os dois chefes de Estado desde 15 de agosto, quando Cartes tomou posse, com um discurso de identificação com os governos de esquerda da América do Sul, jurando combate à pobreza e luta pela democracia.

O novo presidente paraguaio pertence ao partido Colorado, que ficou 60 anos no poder e manteve a ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989). Empresário, é um dos homens mais ricos do Paraguai.

Informações do site Rede Brasil Atual.

Manchete de “O Globo” admite que o jornal errou sobre a Petrobras

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Outra campanha negativa da mídia começa a cair: Petrobras vai bem, obrigado

Hoje (30), o jornal O Globo estampou em sua manchete principal “Petrobras ampliará capacidade em 50%”. A matéria trata como novidade que nove navios-plataforma e sondas de apoio estão sendo instaladas este ano pela estatal brasileira, e que tais instalações incrementam a capacidade de produção em mais um milhão de barris de petróleo por dia.

O desavisado leitor de manchetes – e até mesmo o assinante do jornal – deve ficar atônito com esta notícia, depois de ter lido no mesmo jornal, durante meses, que a Petrobras estaria à beira do precipício, inclusive fazendo coro com a irresponsabilidade de alguns líderes da oposição. O senador tucano Aécio Neves, por exemplo, publicou artigos afirmando que a empresa estava praticamente “quebrada”.

Imaginemos o leitor de O Globo concluindo que nove gigantescas plataformas de petróleo teriam sido compradas da noite para o dia, como se a presidente da empresa Graça Foster tivesse ouvido as críticas publicadas no jornal e resolvido agora pegar um carrinho de supermercado e apanhar navios-plataforma na prateleira, como se fossem sacos de arroz.

A verdade é que equipamentos deste porte para a indústria de petróleo precisam ser encomendados com alguns anos de antecedência, e obedecem a criterioso planejamento. Estas plataformas foram licitadas e encomendadas já há algum tempo, fazem parte não só do plano de investimentos da empresa, como do Plano de Aceleração do Crescimento, do governo federal, e da política de desenvolvimento da indústria naval brasileira. Por ser empresa pública e de capital aberto, a Petrobras divulga abertamente todos os fatos relevantes.

Mas o leitor do jornal dos Marinho não ficou sabendo de nada disso. Para tentar reduzir danos à imagem de seu jornalismo, a manchete foi alterada no portal online: “Petrobras eleva produção para neutralizar efeitos da interferência política”. O jornalão se refere ao preço controlado da gasolina e do diesel.

Mas a matéria de novo mostra falta de compromisso com a verdade. Isto porque a decisão de elevar a produção nos volumes que estamos vendo se deu há muito tempo, nada tendo a ver com a situação conjuntural da subida da cotação do dólar neste ano, coisa que afeta o preço dos combustíveis refinados no exterior.

A “interferência política” a que o jornal se refere, é a decisão de aumentar a produção da estatal, o que se deu após a descoberta do pré-sal, ainda no governo Lula, com a determinação de manter a Petrobras no controle hegemônico da produção deste petróleo, inclusive com a capitalização da estatal com 5 bilhões de barris do pré-sal no campo de Tupi. Óbvio que para explorar esse campo foi necessário fazer as encomendas de plataformas que estão sendo entregues atualmente.

No primeiro semestre deste ano, analistas da Merrill Lynch enviaram relatório a seus clientes enumerando cinco boas razões para a compra de ações da Petrobras, entre elas a previsão de que seria uma das líderes globais em crescimento da produção de petróleo na comparação com outras companhias do setor. Naquela mesma época, o leitor de O Globo recebia informações contrárias à esta realidade.

Assim, o jornalão acrescenta mais uma pérola do o jargão jornalístico chama de barrigadas – matérias que se mostram desprovidas de sua matéria-prima principal:  a verdade. Somente em 2013, o jornal já publicou o falso alarme de um racionamento elétrico no início deste ano. Depois, o falso alarme sobre a inflação, com o tomate no papel de grande vilão. Agora, fica comprovado que voltou a faltar com a verdade, ao publicar sistematicamente reportagens, análises e artigos negativos sobre a realidade da Petrobras.

Será que aprende?

Informações do Site Rede Brasil Atual.

No Dia da Secretária, Jequiti Cosméticos presenteia profissionais da Record


Com o fim do mês de setembro, chega uma data muito especial para inúmeras profissionais do Brasil. A cada dia 30 do mês nove é comemorado o Dia da Secretária, assistentes capacitadas em facilitar a vida de redações, equipes, diretorias e times de produção.

Em 2013, a Jequiti Cosméticos (Empresa de Silvio Santos) firmou parceria com a Rede Record e presentou as secretárias da emissora, do Portal R7 e também da Record News.

As assistentes curtiram um almoço especial e foram presenteadas com um kit com loção hidratante e colônia perfumada.

Portal R7

Pegadinha: No Velório|Programa Silvio Santos

Vídeo: Cheira o Suvakim – Versão Original

SNT Vídeos

PSDB perde 46% dos filiados na capital paulista em quatro anos

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O número de filiados ao PSDB na capital paulista caiu 46% entre junho de 2008 e junho de 2012. O principal motivo, segundo o partido, foi uma atualização dos cadastros de filiados, feita para as prévias da eleição deste ano.

Em 25 de março, os tucanos escolheram José Serra como candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo. Apenas os filiados ao partido podem votar e, por isso, o cadastro passou por revisão. O número na cidade de São Paulo caiu de 42,5 mil para 22,8 mil entre junho de 2008 e junho deste ano.

Os outros quatro partidos com maior número de filiados no Estado de São Paulo registraram crescimento na capital: PP (2,7%), PMDB (5%), PTB (29%) e PT (44%).

“Pessoas que se filiam em um determinado momento podem mudar de cidade, de sigla partidária ou nem se lembrar mais que são filiadas, isso é comum em qualquer partido”, disse o secretário geral do PSDB em São Paulo, Cesar Gontijo.

“A diminuição não reflete falta de apoio. O PSDB é o maior partido do Brasil não por ter mais filiados, mas pela qualidade dos que se filiam”, disse Gontijo. Ele disse reconhecer, contudo, a importância dos militantes para o partido, tanto que outras cidades como Guarulhos e Santos promoveram recentemente campanhas de filiação.

“O ideal é ter a visão exata da dimensão atual do grupo de filiados, para depois aumentar a quantidade de pessoas”, afirmou.

No mesmo período, o número de filiados do PT na capital paulista passou de 86 mil para 123,5 mil. Segundo o presidente estadual do PT, Edinho Silva, o partido também trabalha com dados atualizados e não há número “inflados”.

“Os dados refletem nossa tradição de ter nos municípios o partido funcionando ativamente. Um maior quadro de filiados significa mais força orgânica de um partido na sociedade”, afirmou Silva.

HIPÓTESES

Para o cientista político Valeriano Mendes Costa, a diferença nos números pode refletir uma aprovação maior das pessoas ao governo federal ou até um esgotamento com relação ao governo do PSDB no Estado.

“O fortalecimento do PT em termos nacionais pode gerar mais visibilidade e atração pelo partido. Por outro lado, um ciclo muito longo do PSDB no governo estadual pode começar a dar mostras de esgotamento ou perda de dinamismo no partido”, disse Costa.

“O perfil de todos os partidos está mudando, mas com os números vemos que o PSDB é um partido forte, mas que depende menos dos filiados. Enquanto no PT o papel deles ainda é mais ativo”, afirmou.

Para o cientista político Oswaldo Amaral, a aprovação ou reprovação de governos não interfere de forma significativa no quadro de filiações.

“É provável que a boa aceitação do governo Lula tenha facilitado a captação de novos membros. No entanto, mais importante é o partido investir tempo e recursos para isso”, disse.

Da mesma forma, afirmou, a queda no número não necessariamente “reflete maior ou menor apoio ao partido por parte do eleitorado”.

folha.

Para velha mídia, supostamente existe escândalo no PSDB

 
Por Luciano Martins Costa

Um exercício interessante na observação da imprensa é vasculhar velhos arquivos, com palavras-chave tiradas do noticiário atual. Esse exercício permite constatar, por exemplo, as diferenças de pesos e medidas aplicadas a notícias sobre temas assemelhados, que podem mudar conforme os protagonistas e segundo os interesses de cada veículo no período.

O caso mais evidente é a maneira cautelosa como a maioria dos jornais e algumas revistas tratam, nas edições de quinta-feira (15/8), as investigações sobre o histórico de fraudes que atrasam e encarecem as obras do transporte sobre trilhos em São Paulo, e o tsunami de condenações a priori feitas desde 2005 aos réus do caso conhecido como “mensalão”.

Nos jornais dos últimos dias, pode-se identificar uma profusão de expressões do tipo “suposto cartel”, ou “suposto pagamento de propina”, num caso em que denúncias documentadas evidenciam a ocorrência de corrupção sistemática e continuada que remete a financiamento partidário, pelo desvio de verbas que deveriam ser destinadas a melhorar a mobilidade urbana em São Paulo.

O discurso é completamente diferente daquele que acompanhou o chamado “mensalão”: de junho de 2005, quando surgiu a primeira denúncia de pagamentos irregulares a parlamentares da base aliada, até agosto de 2007, quando começou efetivamente o julgamento no Supremo Tribunal Federal, a imprensa nunca usou uma condicionante ao veicular todo tipo de acusação.

Já na primeira semana em que o assunto apareceu nos jornais, a Folha de S. Paulo adotou a expressão usada pelo então deputado Roberto Jefferson, do PTB, dando como verdadeiro tudo que dizia o acusador. A partir daí, todas as dúvidas foram eliminadas e as redações passaram a aceitar como fundamentada qualquer declaração contrária aos acusados.

Embora Jefferson nunca tenha envolvido diretamente o então presidente Lula da Silva nas denúncias, jornais e revistas passaram quase todo o primeiro semestre de 2006, ano de eleições presidenciais, tentando envolvê-lo no escândalo. Embora já se soubesse, na ocasião, que o mesmo esquema havia sido utilizado pelo PSDB em Minas Gerais, a imprensa procurou concentrar as denúncias no caso que incriminava políticos do PT.

Um estilo muito diferente pode ser apreciado no caso que envolve políticos do PSDB em São Paulo, e que não tem origem em declarações, mas em documentos oficiais de variadas fontes.

Se a imprensa tivesse interesse real em revelar as causas profundas da corrupção no Brasil, investiria nas conexões entre os variados escândalos, dispensando a todos eles o rigor acusatório que aplicou no chamado “mensalão”.

Tirando da cena

Tudo que foi dito até aqui é de amplo conhecimento, porque a imprensa nunca tratou de dissimular suas preferências. No entanto, não é tão fácil entender certas variações no ânimo dos jornais e revistas para desvendar os enredos da corrupção.

Em novembro de 2000, cinco anos antes de eclodir o chamado “mensalão”, por exemplo, a Folha de S. Paulo (ver aqui) denunciava um “poderoso esquema de arrecadação de fundos” na campanha para a reeleição do então presidente Fernando Henrique Cardoso, ocorrida em 1998. O chamado “caixa dois”, admitido pelo então coordenador de campanha, o ex-ministro Luiz Carlos Bresser Pereira, tinha como principal operador, segundo o jornal, o ministro da Secretaria da Comunicação de Fernando Henrique, Andrea Matarazzo.

Dias depois de publicada essa denúncia, a revista Veja retomou o assunto (ver aqui), afirmando que “a Folha de S. Paulo atirou num ninho de cobras e acertou uma manada de elefantes”. No texto, como se pode observar, Veja comenta que a denúncia foi esvaziada pela ação de representantes do PSDB, alegando que a prática do “caixa dois” era uma rotina generalizada em todos os partidos e todas as campanhas eleitorais.

Na impossibilidade e na falta de interesse em investigar o assunto, aquilo que havia sido demonstrado em planilhas pela Folha acabou desaparecendo do noticiário.

Na quinta-feira (15/8), o Estado de S. Paulo traz reportagem sobre o escândalo que envolve o governo paulista, citando uma conta bancária mantida no exterior para o pagamento de propinas, que já havia aparecido em investigações da Procuradoria da República em 2004, acerca de remessas de divisas para um ex-diretor do Banco do Brasil no governo de Fernando Henrique Cardoso.

O Estado lembra que o ex-ministro de Fernando Henrique, Andrea Matarazzo, foi indiciado na ocasião, o que abre a possibilidade de uma conexão entre o “caixa dois” de 1998 e a relação suspeita entre sucessivos governantes de São Paulo e empresas que atuaram em obras do metrô.

Mas não há sinais de que essa pista venha a ser explorada pela imprensa. Já se pode detectar um movimento diversionista semelhante ao que ocorreu há treze anos, após a revelação do caso do “caixa dois”.

Na quinta-feira (15), o Globo volta a desviar o noticiário sobre o “suposto pagamento de propinas” para a possibilidade de as mesmas empresas envolvidas no cartel em São Paulo terem participado de licitações fraudulentas em outros Estados.

Faz sentido ampliar o alcance das reportagens, se há suspeitas de que o cartel funcionou em todo lugar onde há obras de transporte sobre trilhos, mas o histórico da imprensa levanta suspeitas de que o que se pretende é criar um desvio do escândalo principal.

Só no âmbito do Ministério Público de São Paulo foram abertos 51 inquéritos para apurar a vinculação entre o cartel confessado pela empresa Siemens e o pagamento de propinas a autoridades paulistas. No fim desse trilho já se pode vislumbrar o seguinte contexto: o noticiário se dilui em dezenas de casos e personagens, e o núcleo original das denúncias é retirado da cena principal.

Fonte: Observatório da Imprensa

PSDB quer Bernardinho como candidato a governador do Rio em 2014

Campeão mundial e olímpico com a seleção brasileira de vôlei, o técnico Bernardinho é a nova esperança dos tucanos de ter, em 2014, um candidato próprio ao governo do Rio. Bernardinho se filiou ao partido e já foi convidado a disputar a eleição. A esperança é que ele forme uma chapa com o deputado federal Romário (PSB-RJ) que seria candidato ao senado.

Toda essa movimentação no partido vem sendo acompanhada de perto pelo presidente do partido, o pré-candidato à Presidência da República, o senador Aécio Neves.

“Ele é uma nova opção para o jogo político que se apresenta ao Estado do Rio para o ano que vem. O Bernardinho foi convidado e está numa fase de reflexão. Esperamos que a resposta seja positiva”, afirmou o deputado federal Otávio Leite.

A assessoria de imprensa do treinador não retornou os telefonemas da Folha.

A ideia dos tucanos é ainda uma composição com o PSB para que o deputado federal Romário dispute a eleição para o Senado Federal. Essa missão é considerada mais difícil já que Romário, que havia ameaçado deixar o PSB e seguir para o PR de Anthony Garotinho resolveu ficar. Na semana passada, ele declarou apoio ao pré-candidato à presidente da República pelo partido, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

O deputado Romário ainda foi escolhido como o interventor do PSB no Rio substituindo o prefeito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Alexandre Cardoso, na coordenação do diretório regional.

A eleição de 2014 é vista pelos tucanos como a oportunidade de dar uma guinada na situação do partido no Rio. Por isso, a busca por nomes conhecidos do grande público. O último governador eleito pelo partido foi Marcelo Alencar, em 1998.

Nas eleições de 2010, por exemplo, o partido não lançou candidato próprio. Com o ex-deputado federal Márcio Fortes, como vice, integrou a chapa que teve como candidato, o então deputado federal Fernando Gabeira (PV). O resultado foi a vitória do governador Sérgio Cabral (PMDB) em primeiro turno com 66% dos votos. A coligação da qual o PSDB fez parte chegou a 20,68% dos votos.

O desempenho no Legislativo também decepcionou. Dos 70 deputados estaduais eleitos, o partido elegeu quatro candidatos. Na Câmara Federal, apenas dois se elegeram entre os 46 que formam a bancada do Rio.

“Estamos conversando com PPS, PSB, Solidariedade. Enfim, até o fim da semana teremos novidades”, disse o deputado federal Otávio Leite.

Folha.

Crise do grupo X afetou a reputação brasileira e a imagem do país, afirma Guido Mantega

O ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou que a crise das empresas do grupo X, do empresário Eike Batista, atrapalha o desempenho da economia brasileira e –que isso arranhou a “nossa reputação”.

 

“A situação da OGX já causou um problema para a imagem do país e para a Bolsa da Valores que já teve uma deterioração de 10% por conta dessas empresas”, disse ele.

 

Segundo assessoria do ministro, Mantega se refere a cálculos de consultorias do mercado de que, da queda que o Ibovespa sofreu este ano, cerca de 10% se refere ao peso das empresas X — o índice acumula baixa de cerca de 14% este ano.

 

A declaração foi feita em evento na FGV (Fundação Getulio Vargas), em São Paulo, para discutir o crescimento do país.

 

“Isso [a crise do grupo X] continua atrapalhando o desempenho da economia brasileira, que na Bolsa é muito boa. Mas claro que você pode ter uma empresa que não tenha desempenho suficiente e nos atrapalhe”, disse.

 

“É uma solução de mercado. Espero que eles consigam se ajeitar o mais rápido possível”, disse Mantega.

 

Desde o final do ano passado, as empresas de Eike enfrentam crise de credibilidade do mercado e perda no valor das ações. Depois de bater recordes de captação na Bolsa, a principal operação da OGX no campo de Tubarão Azul foi revista e a meta de produzir 50 mil barris diários foi deixada de lado.

 

Aliado a isso, a crise também contou com problemas na transparência da situação do grupo, e demora em avisar ao mercado da realidade.

 

No evento, Mantega também afirmou que já tem indicações de melhoria da economia brasileira e que, com o resultado do último trimestre, existe a possibilidade do crescimento do PIB ser maior do que a previsão atual de 2,5%.

 

NOVA YORK

 

Na semana passada, em um seminário para investidores em Nova York, o ministro já havia feito um discurso parecido. Na ocasião, Mantega afirmou que a solução para a petroleira OGX, de Eike Batista é problema do governo e que a deterioração da empresa afetou muito a Bolsa do Brasil, que teria tido um desempenho abaixo do esperado por causa do grupo.

 

“Afetou muito a Bolsa brasileira. Aliás a Bolsa teve desempenho nos últimos meses abaixo do que poderia ser, em função desse grupo. Cerca de 10% a menos de valorização da bolsa e eu espero que grupo se reestruture o mais breve possível para não atrapalhar as atividades do mercado de capitais”, disse ele, na semana passada.

 

“É um grupo privado. Não tem uma ligação com o governo e, portanto, a solução da OGX é de mercado. É o mercado quem tem de dizer quando o grupo vai ser saneado e quando vai deixar de causar problemas para o mercado de capitais.”

CALOTE

A OGX e a companhia de construção naval OSX, também do empresário Eike Batista, entrarão com pedidos de recuperação judicial nas próximas duas semanas, segundo a revista “Veja” afirmou neste sábado, sem citar fontes.

Segundo a Folha antecipou no último sábado, as negociações com os credores da OGX estão complicadas e a empresa caminha rapidamente para a recuperação judicial.

A recuperação judicial depende só da conversa com a malasiana Petronas, que havia se comprometido a comprar uma fatia em um campo de petróleo, mas desistiu.

A OGX já vem, inclusive, procurando bancos em busca de linhas de crédito específicas para empresas em recuperação judicial.

As ações da OGX e da OSX recuaram para patamares mínimos na sexta-feira por temores de que a petroleira, incapaz de cumprir suas metas de produção de petróleo, fique sem dinheiro em breve.

Investidores temem que a OGX não pague à OSX pelo uso de uma embarcação usada como garantia para um bônus emitido pela companhia de construção naval. Se ocorrer um calote da OGX, a OSX pode ser obrigada a retomar a embarcação.

A OGX já havia decidido dar um calote de US$ 45 milhões de dólares referentes à remuneração desses títulos.

Eike trocou os negociadores no final da última semana e pode alterar pontos relevantes da proposta de reestruturação da dívida, o que estressou ainda mais a relação com os credores, que inclui fundos como Pimco e BlackRock.

A petroleira de Eike só tem caixa até o fim de outubro e, por isso, não vai pagar os US$ 45 milhões de remuneração dos títulos.

A OGX deve US$ 3,6 bilhões em títulos no exterior e US$ 900 milhões à OSX, referentes a indenização pelo cancelamento das encomendas de plataformas de petróleo.

O problema é que os ativos da empresa não valem as dívidas, o que já significa um forte calote aos credores. No fim do processo, os credores teriam 80% da OGX, enquanto Eike, o principal acionista da OSX, ficaria com 20%.

Segundo a Folha apurou, o empresário quer considerar só 25% do valor da dívida dos credores na hora da conversão em ações, porque o bônus já está sendo negociado a esse valor. Nesse caso, Eike teria uma fatia maior da empresa no fim do processo.

Folha.

Governo elevará teto para compra do imóvel com FGTS

Visando estimular a economia e, principalmente, o setor de construção civil, o governo vai elevar de R$ 500 mil para R$ 750 mil o valor máximo dos imóveis que o trabalhador pode comprar utilizando seu saldo do FGTS, tanto à vista como financiado dentro do SFH (Sistema Financeiro da Habitação), que tem juros menores.

A medida inicialmente vai valer para alguns Estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e o Distrito Federal. Nos outros Estados, o valor máximo passará para R$ 650 mil.

A diferença no preço teto, segundo Julio Carneiro, chefe adjunto do departamento de regulação do sistema financeiro do Banco Central, existe porque nos Estados destacados o preço dos imóveis está mais alto.

Significa que os imóveis pagos com o FGTS, de maneira geral, devem ter o mesmo padrão em todo país.

“Houve um crescimento maior no preço dos imóveis nessas cidades, os custos estão maiores”, disse.

A decisão e o anúncio foram feitos nesta segunda-feira (30) em reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional) e vinha sendo reivindicada por construtoras há mais de dois anos.

A alteração deve ser publicada amanhã, mesmo dia em que passa a valer a nova regra.

A última atualização do valor foi autorizada pelo governo em 2009, quando o teto passou de R$ 350 mil para R$ 500 mil.

“A decisão foi tomada porque consideramos esse o melhor momento. Esse limite está em vigor desde 2009 e nesse período teve alteração em alguns índices, como inflação e índice da construção civil”, disse Julio Carneiro.

Ele informou também que não há, no momento, discussão para que a regra possa ser estendida às pessoas que compraram seus imóveis antes da aplicação da medida.

“O Ministério do Trabalho é o órgão curador do Fundo, eu não posso interpretar aqui como FGTS vai entender [a mudança de regras]”, disse.

Julio Carneiro disse também que o governo não acredita que a medida vá causar uma aceleração no preço dos imóveis.

“Esse mercado acelerou muito rápido, mas agora cresce a um ritmo condizente com a economia. Acreditamos que não vai dar um boom, nem uma restrição. Vai manter a trajetória que está seguindo”, explicou.

REGRAS

O FGTS só pode ser usado na compra de moradia na cidade ou região metropolitana onde o comprador já resida ou exerça a principal atividade profissional.

Outra regra importante é que a pessoa não pode ter outro financiamento imobiliário pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação) no país, nem ser proprietário de imóvel na mesma cidade ou região metropolitana.

Além disso, o comprador precisa estar há mais de três anos sob o regime do FGTS –consecutivos ou não– e o imóvel não pode ter sido objeto de aquisição com o fundo há menos de três anos.

Editoria de Arte/Folhapress

O dinheiro depositado todos os meses pelo empregador na conta do funcionário rende só 3% ao ano mais TR (Taxa Referencial). Portanto, é muito comum ficar abaixo da inflação (6,7% no acumulado dos últimos 12 meses), o que significa que o montante perde poder de compra ao longo do tempo.

Por isso, a dica de especialistas é que o dinheiro deve ser sacado na primeira oportunidade, o que pode ser feito também na demissão sem justa causa e na aposentadoria, por exemplo.

Folha.